O que é vinho?

O Vinho fino é o sumo da uva vitis vinífera fermentado, podendo ser branco, tinto ou rosado, nos tipos seco, médio ou doce e com teor alcoólico variável de 5,5 a 15%.
O extrato da uva é adicionado ao vinho fortificado, aumentando assim o volume alcoólico para 15 a 22%. O vinho espumante contém gás carbônico que é liberado ao se abrir a garrafa.



Como é feito o vinho?
Vinho branco
As uvas devem ser lavadas com cuidado e o mais rápido possível após a colheita. Antes de serem levemente espremidas para a extração do sumo os talos e sementes são retirados. Após ser espremida a uva pode ser bombeada para um tanque para ser macerada, com a casca para a extração dos sabores e aromas da casca. O sumo da primeira espremida é fresco e frutado o bastante para ser usado no vinho branco. A fermentação é feita em tanques de inox ou barris de carvalho. A maioria dos vinhos brancos são engarrafados diretamente para manter o frescor.

Vinho Tinto
O processo é semelhante ao do vinho branco, mas a casca da uva é mantida em contato com o sumo em fermentação dando, assim, mais intensidade no sabor e na cor do vinho. A fermentação dura de 10 a 30 dias com temperatura mais alta que a dos brancos. Pode fazer parte do processo a filtragem para clarificar os vinhos. E este pode ser envelhecido em barris ou tanques de ser engarrafado.

Espumante & Champagne 
 O mais famoso dos espumantes é o Champagne cujo nome é o mesmo da região de origem, França. A fermentação dupla é responsável pelas bolhas. Após a primeira fermentação simples, há uma segunda fermentação nas mesmas garrafas, inclinadas em 90 graus e giradas para levar os sedimentos até o gargalo, manualmente (remuage). Depois o sedimento é removido (dégorgement) e adicionado o licor de expedição. O champagne é envelhecido por 1 a 3 anos. Este é o método Champenoise ou Tradicional. Já no método Charmat, a segunda fermentação é feita em tanques de inox.


Rolhas 
Elas selam o vinho para evitar a entrada de ar e são feitas de cortiça. As mais longas e menos marcadas são as de melhor qualidade indicando um vinho apropriado para o envelhecimento. Rolhas plásticas e reconstituídas são alternativas baratas para vinhos mais simples.




O que não fazer
Vinhos Brancos- Gelar ou resfriar em excesso;
- Não deixar na geladeira vários meses;
- Não utilizar congelador para resfriar e
- Não colocar cubos degelo no vinho

Vinhos Tintos
- Não "amornar" em excesso;
- Não passar a garrafa pela água quente para aquecê-la e
- Não colocar a garrafa sobre o aquecedor para obter uma boa temperatura
O vinho e os pratos
A escolha entre um ou mais vinhos e um prato são muitas e variáveis, que dependem de fatores como: elaboração do prato, ocasião, local, gosto, custos e hábitos pessoais. Para isso daremos algumas idéias de como escolher.
1- Os saboresDistinguimos quatro sabores principais. O amargo, o açúcar, o salgado e o ácido, e a associação entre eles. O salgado reforça o amargo. O amargo atenua a acidez e o açúcar atenua os sabores ácidos, amargos e salgados. A suculência atenua os taninos.

2- Pratos e vinhosDeve-se levar em conta a maneira e os ingredientes que foram usados na elaboração dos pratos. Os sabores, aromas do vinho e do prato. O peso e a estrutura do prato e do vinho devem ser semelhantes ou harmonizados por contraste.

3- Sucessão de vinhosGeralmente começamos com os mais jovens e acabamos com os mais velhos.
- branco antes do tinto
- mais ligeiros antes dos mais encorpados
- secos antes dos doces
- mais famosos após os mais simples

4- Como escolher os vinhos
Antes de definir os vinhos analise estes itens:
- quantidade de convidados
- tipo de refeição
- época do ano
O peso de cada variedade
Seleção de vinhos, dos leves aos pesados
Branco
Frascati, Soave, Verde Riesling, Chenin Blanc Champagne Sauvignon Blanc Bordeaux Brancos Pouilly-Fumé, Sancerre Chardonnays s/ madeira, Chardonnays c/ madeira Bourgogne Grand Cru Rhône e Rioja

Tinto
Bardolino, Beaujolais Dolcetto, Valpolicella Rioja Crianza, Bourgogne Chianti, Pinto Noir Bourgogne Côtes de Nuits Bourdeaux Cru Classe Merlot, Espanha Reserva Cab. Sauvignon, Bordeaux Rhône e Austrália (Shiraz) Amarone, Barolo
Pratos e vinhos
Aperitivos
Espumantes secos (brut), vinho verde, Porto branco seco, Jerez Fino, vinhos brancos secos leves

Entradas
Escargot / Carpaccio - Branco seco / Tinto médio
Consommé / Sopa - Jerez
Ostras - Chablis / Sancerre
Saladas sem vinagre ou limão - Branco seco leve
Patê de fígado de galinha - Branco seco médio
Patê de fígado de pato - Tinto médio
Foie Gras - Vinho branco de sobremesa / Porto
Melão com presunto - Branco seco médio

Aves e outras carnesGalinha - Branco seco ou tinto leve / jovem
Pato / Strogonoff - Tinto encorpado
Perdiz e Codorna - Bourgogne tinto superior
Coq au Vin - Tinto médio
Vitela - Branco seco médio / tinto leve
Fígado - Tinto leve
Cordeiro - Cabernet Sauvignon / tinto médio
Coelho - Tinto médio Porco - Branco seco - tinto leve
Churrasco - Tinto jovem
Carne de Caça - Tintos encorpados

Outros
Fondue de carne - Tinto médio
Fondue de queijo - Branco seco médio
Risoto - Branco seco / tinto médio
Quiche - Tinto leve
Comida chinesa - Branco seco aromático
Camarões e lagostas - Chardonnay
Lulas - Branco seco médio
Bacalhau - Branco com madeira
Salmão - Tinto Pinot Noir
Sushi e Sashimi - Champagne Brut Linguado - Branco seco médio Paella - Tinto ou branco seco médio
Queijos
Gorgonzola / Roquefort - Branco de sobremesa / Porto Parmesão / Gruyère - Tinto encorpado / Jerez
Emmenthal / Brie - Branco Seco / tinto médio
Muzzarela / Minas / Ricota - Branco seco leve
Glossário da degustação
Aspecto
Brilhante - límpido (vinhos brancos)
Lágrimas - ligada ao álcool, é a untuosidade do vinho e a sua riqueza substancial.
Límpido - perfeitamente transparente
Perlage - ligeira liberação gasosa em vinhos com gás carbônico original da fermentação
Tranqüilo - não libera nenhuma efervescência, (bolha de gás)
Mousseux - vinho efervescente com liberação de bolhas de gás carbônico formadas na fermentação
"Blanc de Blancs"- vinho branco de uvas brancas

Nariz
Nariz - aromas que se liberam de um vinho
Bouquet - aromas ricos, complexos que se desenvolvem em um vinho após uma fase de maturação nas adegas
Aromas Primários - provém das uvas
Aromas Secundários - formados durante a fermentação por ação de leveduras e enzimas. Esses aromas evocam a banana, esmalte de unhas, bombom, baunilha...

Odores
Floral - rosa, violeta, íris, acácia, peônia,...
Frutado - maçã, banana, noz, cassis,...
Balsâmico - incenso, cânfora, pinho,...
Temperado - pimenta, cravo, canela,...
Animal - musgo, âmbar, caça, couro,...
Empireumático - pão, café, tabaco,...
Vegetal - erva, folha, bosque,...

Sabor
Carnudo - bom equilíbrio entre os taninos e o álcool
Robusto - bem constituído em relação ao tanino
Encorpado - rico em taninos e álcool
Fresco - boa acidez, refrescante e agradável
Ligeiro - pouca cor, taninos e álcool, mais equilibrado
Potente - rico em álcool e taninos, generoso
Seco - sem sabor açucarado
Vivo - acidez bastante acentuada
Capitoso - rico em álcool
Distinto - fino de qualidade
Duro - muita acidez e adstringência
Equilibrado - todos os componentes em harmonia. Álcool, acidez e tanino
Longo - persiste na boca
Tânico - contém taninos
Taninos - são os componentes fundamentais responsáveis pela cor e o corpo dos vinhos tintos com papel na aptidão para o envelhecimento dos vinhos tintos e sensação de adstringência na boca
Acidez - sente-se nas laterais da boca
Álcool - sensação de calor, indo do fraco ao muito quente
Corpo - "peso" do vinho
Amargor - sente-se no fundo da língua
Doce - sente-se na ponta da língua



Quais são as dicas para a degustação de um vinho?


Caso você não seja um sommelier ou até um enólogo, mas tem interesse em vinhos e gosta de degustar antes da compra, ai vão algumas dicas para ajudá-lo na escolha:
  • No caso de degustação de várias marcas de vinhos, procure, se possível tirar os rótulos das garrafas, mas se não houver esta possibilidade vire a garrafa e não permita que a marca do vinho seja um item influenciador;
  • Durante a degustação permita-se entre um gole e outro comer pão (torrado, de preferência) e beber água;
  • Se a degustação for de vários vinhos, não beba a bebida, apenas experimente a mantendo dentro da boca e logo após jogue fora, para a que a ingestão do álcool não interfira no julgamento dos últimos vinhos;
  • Utilize apenas um tipo de cálice para a degustação. É importante mantê-los na mesma temperatura;
  • Não coma antes da degustação, principalmente chocolate ou alimentos à base de ovo, pois isto pode influenciar na sua decisão. O chocolate, por exemplo, fecha por instantes as pupilas responsáveis pela degustação. 
Qual é a melhor temperatura para se servir um vinho?

Os vinhos doces e espumantes em geral podem servir-se a 7ºC (cuidado! Abaixo de 6ºC os aromas não são percebidos!). Os brancos e rosados ficam melhores se degustados a uma temperatura baixa, em torno de 8ºC e 12ºC. Já os vinhos tintos devem ser servidos numa temperatura mais próxima à do ambiente, obedecendo uma escala situada entre 15ºC e 18ºC.


Por quanto tempo posso conservar o vinho?

Vinho é sinônimo de longevidade, conservação, mas quando falamos de vida longa com qualidade, falamos em manter sua qualidade e característica sem o fator tempo influenciar negativamente. Na verdade o fator tempo será um fator positivo ao vinho. Não podemos determinar com precisão o tempo que um vinho poderá ser manter com suas características originais, mas podemos, assegurar, que os vinhos guardados em condições propicias poderão durar cerca de 50 a 70 anos, principalmente quando falamos de vinhos tintos. Quanto a vinhos brancos, se indica que sejam consumidos jovens, em função de haver todo um frescor que é característico das uvas brancas, e no caso de conserva-lo irá se perder. Nos vinhos tintos, por possuírem maís estrutura que os brancos, é permitido seu envelhecimento na garrafa, e assim, sua conservação de aromas, taninos sem deixá-los ácidos com o passar do tempo. No caso de espumantes, processo asti e Champagna, cabe ressaltar que são feitas com castas brancas e seu envelhecimento se faz na garrafa, assim, seu consumo é indicado quando ainda são jovens.



Os melhores 97 vinhos do mundo!
_______http://nossovinho.com/archives/13218



Três vinhos portugueses...

Quinta do Vallado Douro


 Muito concentrado, com notas balsâmicas de carvalho, figo, amora e tabaco. Encorpado, carnudo com taninos maduros e redondos. O final é elegante, mineral, muito persistente e complexo. As uvas provenientes de vinhas velhas (70%) foram vinificadas na adega em cubas de aço inoxidável com temperatura e remontagem controlada; as uvas provenientes de vinhas especiais, (Sousão e Touriga Nacional). O Vallado traz um mix de uvas de Vinhas Velhas com mais de 70 anos (70%) - Tinta Roriz, Tinta Amarela, Touriga Franca e outras Vinhas Novas com 10/15 anos – Touriga Nacional (27%) e Sousão (3%) Depois da fermentação malolática, todos os vinhos foram trasfegados para meias pipas de carvalho onde permaneceram cerca de 17 meses.


Quinta Vale  D.Maria

 Esse vinho faz perfeita combinação com carne que tenha molho bem firme e forte.É um vinho que resulta da mistura de 41 diferentes tipos de uvas portuguesas.


Quinta do Valle Longo

É de propriedade da Vallegre, grande produtor do Douro que se estabeleceu com a produção de vinhos do Porto. A Quinta está situada junto ao Rio Douro, na foz do Rio Tedo. O vinho é feito de Touriga Franca Touriga Nacional e Tinta Roriz. Passou por carvalho por 12 meses e descansou na garrafa por outros 24 meses antes da comercialização.É um vinho encorpado, sem muita presença de fruta, mas com bom equilíbrio entre fruta, taninos e madeira. Fácil de beber e acompanha bem carne vermelha.

VINHOS PORTUGUESES

Portugal tem uma variada quantidade de castas autóctones ou cepas nativas (cerca de 500), produtoras de uma vasta gama de vinhos dos mais diferentes tipos e qualidades.
“A uva foi introduzida em Portugal pelos fenícios, muito antes dos romanos, então temos cepas tão tradicionais quanto as francesas”, comenta Luís Pato, um dos mais conceituados produtores portugueses, da região da Bairrada.
Quase todas as regiões de Portugal produzem vinhos. Merecem destaque: Alentejo, Bairrada,(A Bairrada é a segunda melhor região vinícola de Portugal) Douro, Dão, Minho (vinhos verdes), Setúbal.
O vinho mais famoso do Alentejo é o Pêra Manca, tinto. Ele vem despontando como um dos símbolos de Portugal. O Pêra Manca, branco, menos caro em relação ao tinto, também é de excepcional qualidade.
Outros vinhos de prestígio: Tapada do Chaves, os vinhos da fundação Eugênio de Almeida, Redondo, Cooperativa de Reguengos de Monsaraz e o Esporão Garrafeira. 

O Douro produz o famoso Vinho do Porto.
O Vinho do Porto é uma designação geográfica de origem e não um tipo de vinho, pois existem vários tipos de vinhos sob o título Vinho do Porto (“branco”, “tinto” ou “ruby”, “aloirado” ou “tawny”, “vintage”, LBV).
O “branco” é excelente aperitivo, a ser consumido levemente gelado, e combina com canapés, carnes fritas e queijo fresco.
O “ruby” é vinho jovem e combina com sobremesas, frutas, queijos leves e queijos fortes; uma vez aberto, deve ser consumido em poucas semanas.
O “tawny” é vinho envelhecido e, quanto mais velho, mais nobre. Combina com amêndoas, chocolate, queijos fortes e doces.

Uma lista de bons vinhos portugueses


1- Barca Velha (Douro) O mais antigo vinho de mesa do Douro é o Barca Velha, um vinho bem encorpado, tânico e concentrado, criado em 1952 por Fernando Nicolau de Almeida, enólogo da Casa Ferreira, adquirida em 1980 pela Sogrape, um dos principais grupos vinícolas de Portugal.
2- Quinta da Aveleda(Minho) Uma das regiões vinícolas mais antigas de Portugal, produz os vinhos verdes, tipo de vinho muito particular, sem similar em qualquer outro país: ligeiramente gaseificado (lembra um frisante), de baixo teor alcoólico e alta acidez, para ser consumido bem gelado. O tinto se harmoniza bem com a comida gordurosa típica da região.
3- Gatão (Minho)
4- Gazala (Minho)
5- Acácio (Minho)
6-Casalinho (Minho)
7-Quinta da Bacalhoa (“cabernet sauvignon” & “merlot”), um vinho de classe.
8-Quinta da Má Partilha (“merlot”), normalmente bom e pode chegar a excelente. 
9-Marques de Borba Reserva 2000, do Alentejo
10-Quinta dos Roques Encruzado 2001, branco
11-Quinta dos Carvalhais Touriga Nacional 2000, tinto, do Dão
12-Quinta da Cortesia Reserva 99
13-Quinta de Pancas Premium 99, da Estremadura;
14-Coleção Privada Domingos Soares Francos Touriga Nacional 2001, da Península de Setúbal. 
15-Chyseia
16-Quinta de Roriz
17-Quinta do Vale Meão
18-Batuta 
20-Esporão Reserva 1999.
21-Vila Santa 1999, de João Portugal Ramos, 
22-Quinta de Pancas Cabernet Sauvignon 1999
23-Incógnito 2000
24-Pera Manca (um  dos vinhos ícones de Portugal)

Alvarinho

O Vinho Alvarinho é personalizado e distingue-se dos demais pelo seu equilíbrio, de cor citrina, paladar leve e fresco, aroma frutado, característico e ímpar, cheio de boca, e de agradável e persistente pós de boca, sendo, pela sua originalidade, um dos melhores vinhos do mundo.O vinho monovarietal da casta Alvarinho (Vinho Alvarinho) é um vinho que possui cor intensa, palha e com reflexos citrinos. O aroma é intenso, distinto, delicado e complexo, que vai desde o marmelopêssegobananalimãomaracujá e líchia (carácter frutado), a flor de laranjeira e violeta (carácter floral), a avelã e noz (carácter amendoado) e a mel (carácter caramelizado).
Seu sabor é complexo, macio, redondo, harmonioso, encorpado e persistente.



Vinho Casal Garcia Verde
O verde  é bem leve.

Apresenta aspecto jovem, suave e fresco, de aroma equilibrado e levemente frutado. 
Ideal como aperitivo ou para acompanhar peixes, mariscos, saladas e pratos da culinária oriental.

Existem 3 tipos: Tinto,Branco e  Rosé.




Casal Garcia Branco


O Vinho Verde não é só branco e tinto. Estão a aparecer rosés de excelente qualidade.
 Casal Garcia Rosé





Bebida resultante da fermentação alcoólica da uva fresca, ou do mosto, com um conteúdo mínimo de 7% de álcool. 
O vinho atravessou séculos e continua sendo a bebida mais importante da humanidade. 
Sua importância é caracterizada pela sua frequente presença em obras de arte diversos poemas e citações das quais é o elemento principal. Por isso torna-se fonte de lendas e inspiração de mitos. As expressões "dádiva de deuses", "Sangue de Cristo", e "essência da própria vida", são algumas entre as diversas citações que permanecem como o vinho durante os séculos. 
Vale a pana ressaltar outras passagens históricas desta famigerada bebida. Entre tantas estão:

SÓCRATES (470-399 a.C.)
"O vinho molha e tempera os espíritos e acalma as preocupações da mente...ele reaviva nossas alegrias e é o óleo para a chama da vida que se apaga. Se você bebe moderadamente em pequenos goles de cada vez, o vinho gotejará em seus pulmões como o mais doce orvalho da manhã...Assim, então, o vinho não viola a razão, mas sim nos convida gentilmente à uma agradável alegria."

PLATÃO (427 – 347 a.C.)
"Moderadamente bebido, o vinho é medicamento que rejuvenesce os velhos, cura os enfermos e enriquece os pobres."

CÍCERO (106-43 a.C.)
"Os vinhos são como os homens: com o tempo, os maus azedam e os bons apuram."

MONTESQUIEU (1689 - 1755)
"Dai-lhes bons vinhos e eles vos darão boas leis."

NAPOLEÃO BONAPARTE (1769 -1821)
"Sem vinho, sem soldados"

FERNANDO PESSOA (1888-1935)
"Boa é a vida, mas melhor é o vinho"



Frases e citações sobre vinhos

"In vino, veritas" (No vinho, a verdade) (Plínio, o Velho)
"Nas vitórias, é merecido, mas nas derrotas é necessário" (Napoleão Bonaparte, sobre o Champanhe)
"Os vinhos são como os homens: com o tempo, os maus azedam e os bons apuram." (Cícero)
"O vinho é a prova constante de que Deus nos ama e nos deseja ver felizes." (Benjamin Franklin)
"O vinho revela os sentimentos." (Horácio)
"O vinho faz esquecer as maiores preocupações." (Sêneca)
"Com o vinho se alimentam as forças, o sangue e o calor dos homens." (Plínio, o velho)
"O bom vinho é um camarada bondoso e de confiança, quando tomado com sabedoria." (William Shakespeare)
"O vinho e a música sempre foram para mim um magnífico saca-rolhas." (Anton Pavlovitch Tchékhov)
"O vinho é o amigo do moderado e o inimigo do beberrão." (Avicena)
"O vinho consola os tristes, rejuvenesce os velhos, inspira os jovens, alivia os deprimidos do peso das suas preocupações." (Lord Byron)
"O vinho que se bebe com medida jamais foi causa de dano algum." (Miguel de Cervantes)
"O vinho foi dado ao homem para acalmar suas fadigas." (Eurípedes)
"O vinho é composto de humor líquido e luz." (Galileu Galilei)
"Vence as preocupações com o vinho." (Petrônio)
"O vinho é o sangue da terra." (Plínio)



   OS VINHOS  CAROS, 
                             OS  RAROS,
                                           OS INUSITADOS!

Quanto você pagaria por um bom vinho? É claro que os valores dependem muito da gordura do bolso de quem paga, mas (quase) todo mundo concorda que qualquer quantia entre R$ 30 e R$ 100 pode garantir um rótulo honesto e bastante satisfatório. No entanto, para sua total desilusão, saiba que há vinhos muito mais caros do que isso. Muito mais caros mesmo. E há uma legião de aficcionados e colecionadores disposta a pagar fortunas por uma garrafa. E, pior, a chance destas preciosidades permanecerem fechadas para sempre é enorme.

A última do mundo dos vinhos milionários é uma linda garrafa de 12 litros do lendário Château Margaux Grand Cru Balthazar, safra 2009, posta a venda por inacreditáveis US$ 195 mil, o que equivale a R$ 435 mil, em cotação atual. Mas o que é isso? É vinho de ouro? De certo ponto, é sim. Considerada a melhor safra já colhida nos 400 anos da tradicional vinícola francesa, a bebida foi elaborada com uvas super selecionadas, provenientes dos antigos vinhedos da propriedade, ao norte de Bordeaux. Pela primeira vez, a vinícola envazou um produto na garrafa conhecida como Balthazar (12 litros). As letras foram gravadas a ouro e o conjunto vem embalado em uma capa de carvalho. Deu vontade comprar? Então corra. Foram feitas somente seis garrafas, três delas colocadas à venda na loja de vinhos de luxo Les Clos.

                               Romanée-Conti

O francês Romanée-Conti, pode custar até 45 mil reais a garrafa! Além do sabor apreciadíssimo, ele é caro desse jeito por causa de uma das regras básicas da economia: grande demanda aliada à oferta limitada. Comparado com outras marcas, sua produção é bastante reduzida. Para ter ideia, a vinícola de suas preciosas uvas ocupa uma área de apenas 1,8 hectare, mais ou menos o tamanho de um campo de futebol. Fora do mercado comercial, no inacessível mundo dos leilões, o vinho mais caro já vendido foi um Chateau Lafite, de 1787, que pertenceu ao ex-presidente americano Thomas Jefferson - saiu pela bagatela de 360 mil reais. 

Kalimna Block 42 2004
Ao  ver a garrafa de vinho acima, a primeira pergunta que vem à nossa mente é: como faz para abrir? Realmente, não temos muita classe. Mas o fato é que apenas uma dúzia de pessoas  no mundo todo terão elegância, dinheiro e agilidade para comprar uma unidade do 2004 Block 42, vinho que agora entrou para a história como um dos mais caros do mundo e que possui tiragem limitada de 12 unidades.
Custando cerca de R$ 337 mil (sem impostos de importação), a bebida produzida pela vinícola australiana Penfolds é feita a partir de uvas colhidas de uma única vinha, tida como a mais antiga do mundo a produzir vinhos do tipo Cabernet Sauvignon. Cada uma dessas ampolas — que mais parecem uma arma futurista para matar vampiros — possui 750 mL da bebida preferida do deus Baco.
Você acha que, depois de gastar mais de 300 mil reais, o comprador precisa se preocupar em abrir uma garrafa de vinho? Quando decidir fazer uso da sua aquisição, um enólogo sênior da Penfolds viaja até o cliente e executa a cerimônia de abertura dessa joia. Para isso, usa-se um artefato especialmente desenvolvido para esse fim, produzido com prata e tungstênio.
Para degustar, o profissional apresenta o vinho em uma tambuladeira, uma espécie de concha pequena, feita de prata, usada antigamente por especialistas em vinhos. E caso tanto luxo não agrade ao seu paladar, experimente um vinho mais científico, como o Meteorito, produzido com a ajuda de um aerólito de verdade, que caiu na Terra há cerca de 6 mil anos.



Os 50 vinhos mais caros do mundo! Confira a lista


O popular site Wine-searcher divulgou a lista dos 50 vinhos mais caros do mundo (por ele catalogado). Se pensou logo ao Romanée Conti no 1° lugar vai se surpreender. Petrus? Mais surpreendente ainda: não esta nem entre os primeiros 10!
Obviamente os franceses são líderes absolutos em matéria de preços altos, segue a Alemanha e temos até um português!

Mas confira abaixo a lista completa.

Posição

Nome do Vinho
Preço médio
(U$)




1

16,483
2

12,706
3

6,878
4

6,507
5

5,856
6

5,321
7

4,685
8

4,649
9

4,479
10

4,075
11

3,467
12

3,006
13

2,964
14

2,831
15

2,795
16

2,604
17

2,507
18

2,474
19

2,438
20

2,359
21

2,265
22

2,167
23

1,899
24

1,868
25

1,838
26

1,768
27

1,699
28

1,581
29

1,565
30

1,490
31

1,478
32

1,437
33

1,394
34

1,389
35

1,377
36

1,377
37

1,373
38

1,372
39

1,297
40

1,291
41

1,257
42

1,255
43

1,236
44

1,230
45

1,213
46

1,188
47

1,182
48

1,177
49

1,119
50

1,104

Melhores vinhos do mundo 

Tipos e Marcas


Além de possuírem sabores apreciados por milhares de pessoas, quando consumidos em quantidades adequadas os vinhos fazem muito bem à nossa saúde, prevenindo problemas cardíacos e vasculares. Ao contrário do que muita gente pensa, saber reconhecer um bom vinho não é uma tarefa apenas para garçons ou sommeliers, hoje em dia é elegante entender um pouco mais sobre esta bebida.

Os vinhos podem ser divididos em vários tipos, os mais consumidos são os vinhos de mesa, espumantes e fortificados. Os de mesa podem ser subdivididos de acordo com a mistura das uvas e os toques frutais ou aromáticos que os constituem, sendo classificados como Tinto, os mais envelhecidos e que devem ser ingeridos à temperatura ambiente, ou o Branco, aqueles que são mais consumidos no verão como acompanhamento de bebidas mais leves.
Os melhores vinhos do mundo são os de origem italiana. De acordo com pesquisas realizadas na gastronomia internacional, a Itália é a primeira colocada no ranking de produção dos vinhos mais apreciados do mundo, seguida pela França e Austrália. Na lista abaixo, você poderá conferir quais são as principais marcas que produzem os melhores vinhos. Todos eles podem ser comprados no Brasil nas melhores Adegas e restaurantes da sua cidade.
melhores vinhos

Categoria: Melhores marcas de Vinho Branco
Chateau de Beaucastel
- Chateau d’Yquem
- Chateau Lynch-Bages
- Chateau Margaux
- Chateau Smith Haut Lafitte

Categoria: Melhores marcas de Vinho Tinto
Chateau Pape Clement
- Chateau Lafite Rothschild
- Chateau Margaux
- Chateau Mouton Rothschild
Chateau Pichin-Longueville

Categoria: Melhores marcas de Vinho Branco Doméstico:
- Cakebread Cellars
- Far Niente
- Kistler Vineyards
- Ridge Vineyards Monte Bello
- St. Supery Vineyards

Categoria: Melhores marcas de Vinho Tinto Doméstico:
- Clous du Val
- Dominus Estate
- Duckhom Vineyards
- Joseph Phelps Vineyard
- St. Francis Winery & Vineyards

CategoriaMelhores marcas de Espumante
- Dom Perignos
- Krug
- Louis Roederer’s Cristal
- Pommery
- Veuve Clicquot






AS TAÇAS

As taças de vinho são acessórios fundamentais!

Cada tipo de vinho pede uma taça diferente.
 Sabe porque isso?
O vinho pode ser considerado sinônimo de glamour e requinte. Alguns chegam a custar fortunas, e cada tipo pede uma taça diferente. Mas não é só pelo "status" que isso ocorre. Muitos não sabem, mas o papel chave da taça de vinho é realçar algumas características da bebida.
Durante séculos, os elementos básicos do design das taças não tiveram mudança alguma. Há algumas décadas, podíamos ver em pinturas seculares cálices iguais aos que usávamos. Mas nos últimos tempos, alguns estudos científicos guiaram mudanças substanciais nas taças de vinho.
O austríaco Claus Josef Riedel teve papel fundamental nessas mudanças. Em 1950, ele descobriu que o volume, a forma, o diâmetro, o acabamento e a espessura do vidro eram determinantes para guiar o "caminho" dos aromas até o nariz e precisar os toques do vinho no paladar.
De fato, se considerarmos o mapa da posição das papilas gustativas, percebemos que cada região é responsável por um sabor. O doce na ponta, o salgado dos lados, e amargo na parte de trás.Por conta disso, direcionar o vinho à região onde será melhor saboreado é essencial. Georg Riedel, filho e sucessor de Claus, afirmou que certa vez promoveu uma degustação na qual determinado vinho era servido na taça apropriada. Nela foram apreciados o aroma, flavor e sabor. Depois, colocando este mesmo vinho num outro recipiente, a bebida foi classificada como de baixa qualidade ou até mesmo de varietal distinta. Existem muitos modelos no mercado, mas é importante observar fatores primordiais, como: a transparência do cristal para uma apreciação perfeita da cor; hastes longas para poder segurar o copo sem ter de tocar o bojo, e assim, não alterar a temperatura da bebida; por fim, ter o bojo mais aberto já que este ressalta os aromas.

O tamanho da taça também deve ser levado em conta na hora de adquiri-la, já que deve ter espaço suficiente para poder rodar a bebida sem derramá-la. Já a taça de espumante tem o formato mais longo para que o apreciador veja suas bolhas, tenha mais prazer ao degustar e, também, sinta melhor seus aromas.
A taça “Bordeaux” apresenta características que favorecem as uvas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Syrah, Bainada e Tannat, já que por ser um copo mais alto, de borda estreita e volume grande, é usado para os tintos ricos em taninos. Já o amplo formato de balão de “Bourgogne” faz com que o buquê se libere de maneira mais fácil, o que a torna ideal para vinhos à base de Pinot Noir, Nebbiolo, Barbera e Amarone.
Outros tipos de taça, como a denominada “Porto” é perfeita para doses menores e vinhos mais doces, como o do Porto, Marsala e Banyuls, por ter um bojo levemente mais estreito e menor. Parecida com ela, a considerada “curinga” deve ter vidro transparente, haste longa e bojo médio, já que se estiver neste padrão irá ressaltar e evidenciar as melhores características da bebida.  Já a taça “Flûte” é ideal para os espumantes, pois quanto maior o bojo mais realçará os aromas.


Uma breve história da taça de vinho
Desde que o vinho existe, há uma maneira de colocá-lo em um recipiente e servi-lo. Os primeiros recipientes, frequentemente sob a forma de cálices, eram constituídos de metais (tipicamente de prata ou de chumbo, às vezes, de ouro), de terracota ou de madeira.
A história da taça de vinho tem início por volta do ano 1500 a.C., quando surgem, no Egito, os primeiros recipientes de vidro (o vidro era composto de areia e de potássio). Esses se difundiram na época dos romanos, uma vez que a técnica do vidro soprado havia sido adotada pelo Império.
Por conseguinte, foi preciso esperar o início do século XIV para ver surgir os vidros “de pé”, isto é, os que possuem uma haste e uma base.
Foi nessa época que Viena se tornou o centro mundial na produção de taças de vinho. As taças vienenses com pé refinado e frequentemente decoradas se tornaram objetos de arte e de produtos de luxo reservados à aristocracia.
Taça de vinho vienense
De fato, até o século XVII, a vidraria era mais dispendiosa de produzir que os copos ou taças de prata e sua duração menor que a dos recipientes metálicos. Considerou-se, então, a vidraria vienense como símbolo de status social.
Naquela época, a indústria de vidro consumia uma enorme quantidade de madeira para esquentar e fundir o vidro, criando-se assim a escassez de madeira em certas regiões. Por conseguinte, os vidreiros se deslocaram para as zonas florestais através de toda a Europa. Até que os ingleses, em resposta à escassez de madeira, inventaram no início do século XVII o forno a carvão, mais eficaz, uma vez que gerava muito mais calor.
Essa virada histórica coincide com a descoberta, em 1675, do princípio de fabricação do cristal (do vidro ao óxido de chumbo) por George Ravenscroft, um inglês. Essa descoberta revolucionou a indústria vidreira: acontece que o cristal é mais resistente que o vidro de soda veneziano.
Apesar disso, os primeiros modelos de taças de cristal resultaram em estruturas pouco estáveis. Os vidreiros desenvolveram, então, uma nova técnica que consistia em inserir uma multidão de pequenas nervuras no vidro, o que lhe dava um aspecto leitoso. Essa técnica permitiu fabricar vidros de boa densidade, portanto, mais resistentes. Em contrapartida, isso não possibilitou a fabricação de taças tão claras e elegantes como as da vidraria vienense e tampouco embelezá-las com finos detalhes.

A evolução na composição da taça de vinho
O cristal permanece, ainda nos dias atuais, como um material de preferência na indústria vidreira por várias razões. Primeiramente, o cristal possui um índice de refração superior, o que permite à luz de passar melhor através do material: o cristal fornece então melhores resultados ao nível de brilho, de irradiação e de ressonância do que o vidro. Além da vantagem de ser resistente. O cristal auxilia também a manter a temperatura do vinho por um período mais longo de tempo comparado a outros materiais, inclusive o vidro.
Ao nível microscópico, o cristal é um material mais poroso e rugoso que o vidro: isso gera mais “turbulência” quando se faz girar o líquido na taça, assegurando, desse modo, uma melhor aeração do vinho. Além do mais, no plano da produção, o chumbo torna o material mais maleável. Isso permite fabricar taças com um buvant (contorno de abertura da taça) de apenas um milímetro de espessura; por conseguinte, o vinho escorre mais delicadamente na boca.
Hoje em dia, as taças podem também ser compostas de cristalina, que contém menos chumbo que o cristal, seja em uma proporção de 10 a 24% (o mais frequente é de 18%), uma vez que o cristal contém mais de 24%. No visual e no toque, é difícil de diferenciar o cristal do cristalino. Dito isso, uma taça com forte teor de chumbo parece mais “elástica” e, sob o efeito de uma pequena pressão, se mostra levemente flexível.
Em contrapartida, sabemos, hoje, que o chumbo é nocivo ao meio-ambiente e pode também ser perigoso para a saúde. Segundo o Departamento de Saúde do Canadá, os recipientes à base de cristal e chumbo podem liberar partículas de chumbo nos alimentos e nas bebidas com as quais se põe em contato. A quantidade de chumbo liberada varia de acordo com o teor de chumbo do recipiente e da duração à exposição.Todavia, não é preciso se desesperar: ainda de acordo com o Departamento de Saúde Canadense, a liberação de chumbo é fraca se os recipientes de cristal com chumbo são somente utilizados durante as refeições (do que para o estoque, a longo prazo, de alimentos e bebidas). Estudos revelaram que a quantidade de chumbo nas bebidas alcoólicas consumidas em uma taça de cristal está habitualmente bem aquém de 0,2 partículas por milhão, concentração máxima permitida nos alimentos e nas bebidas no Canadá. Por conseguinte, você não precisa se livrar de suas taças e de seus jarros de cristal.
Para responder à demanda dos consumidores preocupados com sua saúde e/ou com o meio-ambiente, os vidreiros oferecem doravante soluções com taças com menos ou sem chumbo (o chumbo é substituído por outros óxidos de metais ou pelo bário que não se dispersa como o chumbo). Por exemplo, a Riedel criou uma série de taças sem chumbo “Ouverture” e a Spiegelau (uma filial da Riedel), a série “Vino Grande”. Ainda que mais frágeis e mais leves, as taças sem chumbo são tão elegantes quanto às tradicionais taças de cristal.


REQUISITOS BÁSICOS PARA AS TAÇAS
  • Corpo separado da base por uma haste
  • Abertura mais estreita que o corpo
  • Cristal ou vidro fino
  • Incolor
  • Limpeza cuidadosa
  • Volume em torno de 350 ml
  • O conteúdo não deve ultrapassar a metade



Que tipo de Taça devemos usar para cada Vinho? 
Se você está iniciando no mundo dos vinhos, é provável que já tenha se visto em frente a uma prateleira com diversas taças e pensado: “por que há tantas diferentes?” Para o iniciante, comprar uma taça é tão complicado quanto escolher o vinho. Mas, mesmo enófilos com alguma prática podem titubear diante da variedade.
Então, a primeira atitude é entender por que há tantas taças de formatos diferentes. Da mesma maneira que determinados tipos de roupa ajudam a valorizar o corpo, para tirarmos o melhor proveito de uma garrafa de vinho também é necessário escolher a taça ideal.
Hoje, “o formato é técnica pura”, afirma Luiz Gastão Bolonhez, editor de vinhos de ADEGA. Isso porque, após muitos estudos, os recipientes foram desenvolvidos para conduzir o vinho para a boca e o nariz de maneira a realçar cores, aromas e sabores do fermentado, o que influencia no resultado. Para quem duvida, basta testar. Um paladar minimamente aguçado sentirá a diferença ao beber um mesmo vinho em taças completamente diferentes.
Uma para taça cada vinho?

Como cada vinho possui características únicas dependendo da uva (além de outros tantos fatores, mas vamos nos concentrar só neste por enquanto) com que é produzido, reza a lenda que é necessário ter uma taça para cada tipo. A marca austríaca Riedel, por exemplo, é uma das que acredita nesta premissa e possui cerca de 400 tipos e tamanhos de taças, uma para cada espécie de uva e/ou região do mundo.
Aí, você se pergunta: eu preciso de todas elas? Segundo André Wollny, representante da Spiegelau, “o consumidor, em casa, pode ter uma menor variedade de taças sem perder o prazer de beber vinho”. Por isso a regra para iniciar o caminho é simplificar. Aqueles modelos que não podem faltar em sua casa, “são os adequados para os vinhos que gostamos de beber”, diz Wollny. Porém, a primeira dica é ter uma taça “coringa” e o principal trunfo se chama ISO (International Standards Organization): uma taça desenvolvida para degustações técnicas e que serve para qualquer vinho.
Depois, é comum aconselhar que você tenha quatro modelos básicos: uma taça para brancos, duas para os diferentes tipos tintos (Bordeaux e Borgonha) e uma para espumantes. Se quiser, pode ainda ir além, com uma para rosados e uma para doces (apesar de a de vinho branco também servir para essa função). Mais adiante vamos detalhar como é o desenho de cada um desses recipientes e explicar o porquê de seus formatos.
Material
Para adquirir as suas taças, você deve prestar atenção a alguns detalhes. O primeiro é o material. Deixe de lado qualquer uma que não seja completamente transparente, afinal, parte do prazer de degustar um vinho também está em olhar para suas tonalidades, que dão dicas sobre o tipo de uva e idade da bebida.
Existem basicamente três opções: de cristal, cristal de vidro ou vidro. A diferença entre elas é a presença e o teor de chumbo, metal utilizado em sua produção. A de cristal tem até 24% de chumbo, o cristal de vidro vem com cerca de 10% e o vidro não tem. O chumbo dá mais leveza, delicadeza e sonoridade, além de fazer com que a espessura da taça seja mais fina. As taças de cristal também são mais porosas. Esse fator também é positivo, pois, ao girarmos um vinho enquanto o degustamos, forçamos as moléculas contra a parede áspera, quebrando-as e, desse modo, obtendo grande concentração de aromas. Por fim, em 2006, foram lançadas as taças “inquebráveis”, feitas de um material chamado Kwarx, pela Mikasa, Schott Zwiesel e outros.
Chumbo não é tóxico?
Você pode estar se perguntando: “Chumbo não é um material tóxico? Como ele pode fazer parte da composição de taças? Isso não faz mal?” Sim, chumbo é um material tóxico e que, com o tempo, pode migrar do copo para os líquidos – especialmente os mais ácidos – e causar problemas de saúde. Porém, fique calmo. Para que o chumbo seja liberado no vinho em quantidades preocupantes é necessário que a bebida fique em contato com a taça durante várias e várias horas, dias mesmo. Ou seja, beba seu vinho tranquilamente, pois o tempo de contato dele com a taça é insignificante para que isso ocorra.
Tipos Básicos de Taças
Para vinhos tintos
O vinho tinto precisa de espaço para respirar, pois tem aromas e sabores muito intensos. Por isso, a taça tem corpo grande, fazendo com que se libere toda a sua potência. O formato também é ideal para que a bebida possa “dançar”. Por esse motivo, também é importante lembrar que ela deve apenas ser preenchida até um terço de sua capacidade.
Existem dois tipos comuns de recipientes de vinho tinto: Bordeaux e Borgonha, taças batizadas com esses nomes por causa das famosas regiões produtoras da França.

A taça ISO (International Standards Organization),foi criada em 1970. Ela é uma espécie de taça coringa, pois serve para todos os tipos de vinho. É muito utilizada para degustações técnicas, para que possa ser mantida uma referência entre diversos tipos de fermentado. Por isso, pode ser um dos melhores modelos para começar o seu acervo. Ela é relativamente pequena e totalmente cristalina. Seu bojo é maior e ela é fechada na parte de cima. É boa especialmente para a parte aromática.

FORMAS MAIS ADEQUADAS
TULIPA
Modelo ISO (International Standard Organization)
para tintos e brancos, 
idealizada para degustação técnica
BorgonhesaMais bojuda e de pé mais alto do que a bordalesa
Mais globosa e de maior volume para os tintosMenor que anterior para os brancos
BordalesaCom bojo e pé de tamanhos moderados
Mais globosa e de maior volume para os tintosMenor que anterior para os brancos
Modelo para Vinho do PortoLigeiramente menor do que a de vinho branco
Copita para JerezTem forma entre a tulipa e a flauta
e tamanho menor do que a de vinho branco
FLAUTA
Delgada e alta para os espumantes
Obs: A Taça aberta, até pouco tempo era utilizada para espumantes, mas não é adequada.








A SEQUÊNCIA DOS VINHOS

RESPEITE A SEQÜÊNCIA AO SERVIR OS VINHOS:

Existem pessoas que não levam muito em consideração a seqüência que os vinhos devem ser servidos. Entretanto, para tudo isso existe uma lógica. Se a degustação for iniciada com um vinho mais complexo não será possível perceber claramente as características dos próximos. Normalmente os tintos, os grandes, e os encorpados são mais ricos em aroma, corpo, sabor e taninos do que os brancos, os médios, e os mais leves, e por este motivo devem ser tomados depois, que estes menos complexos. 



Quanto à idade, vinhos elaborados com a mesma cepa, mas de safras diferentes, quanto mais antiga for a safra, mais complexidade apresenta o vinho. 



Vinhos suaves ou doces mascaram o paladar prejudicando na apreciação do vinho seco, por isso ele deve ser degustado depois. 

Portanto, ao reunir com os amigos para apreciar bons vinhos procure sempre levar em consideração a escolha e a limpeza das taças, tenha cuidado com a temperatura e não esqueça da seqüência: 
Quanto aos tipos: primeiros os brancos, depois tintos.
Quanto à qualidade: primeiro os médios, após os bons e depois os grandes. 
Quanto ao corpo: primeiro os leves, depois os encorpados.
Quanto à idade: primeiro os jovens, depois os maduros.
* Quanto ao teor de açúcar: primeiro os secos, depois os suaves e por último os doces.

                               
A) QUANTO AOS TIPOS: Brancos  TintosB) QUANTO À QUALIDADE: Medíocres  Médios  Bons  Grandes
C) QUANTO AO CORPO: Leves  EncorpadosD) QUANTO À IDADE: Jovens  Maduros 

E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR: Secos  Suaves  Doces
(LEGENDA:  = antes de)

JUSTIFICATIVAS:
    A)B) C) Os tintos, geralmente, são  mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores, mais corpo, mais tanino, etc.) do que os brancos.   Iniciar a degustação com  um vinho  mais complexo, elevaria o nível de exigência em relação ao próximo vinho, menos complexo, minimizando os seus aspectos positivos e realçando os seus aspectos negativos. Pela mesma razão, depois de tomarmos um grande vinho, os que se seguem, ainda que de boa qualidade, nos parecerão sempre piores do que realmente são.

    D) Os vinhos mais velhos são mais complexos do que os jovens. Embora isso possa não ocorrer para vinhos diferentes, torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho, porém de safras diferentes, especialmente se for um vinho longevo, de longa guarda.


    E) 
O açúcar de um vinho doce ou suave, prejudica na apreciação de um vinho seco servido a seguir. Não é à toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeições, acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos.


AS TEMPERATURAS IDEAIS


  

TINTOS
Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC
Não envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC
Jovens e pouco encorpados - 12 A 14 oC
Beujolais 'Primeur" ou "Nouveau" - 10 A 12 oC
   BRANCOS
Secos, Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC
Secos, Jovens e Leves - 6 A 12 oC
Suaves e Doces - 4 A 6 oC
  ROSÉS
Todos de modo geral - 6 - 12 oC
    ESPUMANTES
Brut - 6 A 12 oC
Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC
  FORTIFICADOS
Vinho do Porto - 10 A 18 oC
Jerez - 8 A 14 oC
Madeira - 12 A 14 oC

OBS: Uma garrafa deixada durante 8 minutos na água com gelo sofrerá uma redução de 5 oC na temperatura, que corresponde a 60 minutos de permanência na geladeira.


A ABERTURA DA GARRAFA
  
1- A REMOÇÃO DA CÁPSULA


    Antes de se abrir uma garrafa de vinho deve-se retirar a porção da cápsula em contato com a abertura da garrafa e limpar o gargalo com um pano, pois,  na maioria dos vinhos de boa qualidade a cápsula é feita de chumbo que é tóxico. A cápsula, deve ser cortada abaixo do ressalto maior do gargalo, próximo à abertura da garrafa. Isto pode ser feito com uma faca.


 Pode-se também fazer a remoção da cápsula utilizando  o corta-cápsulas ("foil-cutter"), que é um acessório que tem a forma de um "U" cuja abertura abraça o gargalo. Pressionado no gargalo e girado, ele corta a cápsula através de disquinhos de aço existentes na sua base, mas em geral corta mais rente à borda do gargalo.


2 - A LIMPEZA DO GARGALO

 Após a remoção da cápsula, deve-se limpar vigorosamente o gargalo, com um guardanapo de pano ou de papel, principalmente se a cápsula removida for de chumbo que, como já foi dito, é um material tóxico ao organismo.



3 - A RETIRADA DA ROLHA



 A seguir, é fundamental a escolha de um saca-rolhas que exija pouco esforço do usuário e seja eficiente na sua função essencial, que é tirar a rolha, sem danificá-la. A abertura da garrafa de vinho é uma operação óbvia e simples, mas pode-se transformar em verdadeira tortura se não se dispõe de um saca-rolhas adequado.
    A maioria dos saca-rolhas, entretanto, usa até hoje o velho sistema da haste helicoidal que penetra na rolha e para o bom funcionamento do saca-rolhas a haste é o ítem fudamental. Em um bom saca-rolhas a haste deve obedecer dois pontos essenciais:
    a) Ter um passo  amplo, isto é, as voltas da espiral devem ser largas, lembrando o rabo do porco, e não curtas como as voltas de um parafuso. Quando o passo é curto a haste não abraça firmemente a cortiça e, ao ser puxada, esfarela a rolha e não a retira.
    b) Ser revestida de teflon, material que permite um perfeito deslizamento da helicoidal no interior da cortiça.   





Os saca-rolhas mais comuns



Modelo em "T"
Em geral esse tipo tem o passo da hélice muito curto e exige grande esforço. Não é à toa que o chamam "bate-coxa", porque tem que se colocar a garrafa entre as coxas apertando-a firmemente. Ideal para os amigos da força e do contorcionismo!

Modelo de alavanca única
Também chamado "modelo sommelier" ou "amigo do garçon", que possui uma só alavanca, através de uma peça que se coloca na borda do gargalo e serve de apoio para a alavanca que se faz com o próprio cabo do saca-rolhas.Embora teoricamente  melhor, a maioria  existente no mercado também possuem o passo da hélice muito curto. Resultado: não se faz esforço, mas a rolha também não sai!

Modelo de alavanca dupla
Possui dois braços laterais que sobem ao se introduzir a hélice na rolha; e depois são abaixados, alavancando a saída da rolha. Apesar de exigir menor esforço padece dos mesmos inconvenientes do tipo anterior.

    Os saca-rolhas de lâminas e de injeção de gás
     Existem dois  tipos de saca-rolhas que são muito quando úteis a rolha já foi danificada e/ou ameaça cair dentro do vinho. São os saca-rolhas de lâminas, que são introduzidas entre o vidro e a rolha e que, com movimentos circulares, retiram a rolha.

    Há, também, saca-rolhas que injetam, por uma agulha, um gás inerte que expulsa a rolha, mas que pode estourar a garrafa se injetado em excesso.


    Os melhores saca-rolhas


"Screwpull - Le Creuset"

     Os mais modernos e melhores saca-rolhas utilizam o mecanismo de "contra-rosca". Nesse mecanismo, gira-se o cabo para hélice penetrar na rolha e, quando ela chega ao final, continuando-se a girar, a rolha sobe pela haste e sai. Os saca-rolhas "contra-rosca" existem em vários modelos,  preços, designs e nacionalidades diferentes, mas os que fazem mais sucesso entre os enófilos são os da marca franco-americana "Screwpull - Le Creuset". São de uma eficiência fantástica e apresentam-se em vários modelos,  o "pocket-model", de bolso, mais simples e que custa cerca de 15 dólares (na Europa e nos EUA), o "table-model", que vem com um suporte para ser colocado à mesa,  e o "lever-model", modelo profissional de sistema de alavanca, que custa cerca de 100 dólares. Esse último, apesar de meio exagerado, é um show à parte e foi desenvolvido por um engenheiro da NASA, Herb Allen, que vendeu o design para os franceses. Segundo experts, no entanto, é uma versão moderna de um modelo que já existia no século dezenove.    Apesar custarem aqui no Brasil o dobro dos   preços mencionados, os corta-cápsulas e os saca-rolhas da marca "Screwpull - Le Creuset" são os melhores existentes na atualidade.




A AERAÇÃO OU "RESPIRAÇÃO"  DO VINHO
Quanto melhor o vinho mais tempo deve respirar.
 aeração  ou a respiração de um vinho é aconselhável para bons vinhos, em especial os tintos, desde que não sejam envelhecidos em demasia.
Estes, devido ao choque, devem ser bebido imediatamente após a abertura da garrafa.
O vinho, quando exposto ao oxigênio do ar, sofre alterações benéficas, fazendo o liberar mais intensamente  seu aroma e aumentando seu aspecto gustativo.
Deve se abrir a garrafa e deixar o vinho respirar antes do serviço ou mesmo transferir o vinho para um decantador, onde o mesmo sofrerá aeração em menos tempo.
Durante o  tempo de envelhecimento na garrafa, o vinho está em total ausência de oxigênio e nele ocorrem reações complexas que levam à formação de substâncias sensíveis ao  oxigênio. Em geral, um bom vinho não envelhecido em demasia, quando exposto ao oxigênio do ar, sofre alterações benéficas, liberando mais intensamente seu aromas e aprimorando os seus aspectos gustativos. Quanto melhor o vinho, quanto maior a sua estrutura e a sua complexidade de aromas, maior será o tempo que se deverá deixar o vinho aerando ou "respirando". Essa operação é realizada abrindo-se a garrafa algum tempo antes do serviço do vinho e deixando o vinho "respirar". Outra alternativa, melhor ainda,  é transferir-se o vinho para uma jarra de vidro com boca larga ou um decanter (ver o ítem decantação), onde o vinho sofrerá maior aeração em menor tempo.
    Apesar da  polêmica em relação às vantagens e ao tempo de aeração dos vinhos, a maioria dos conhecedores concorda que não há necessidade de se arejar vinhos tintos simples de consumo corrente. Tampouco areja-se a maioria dos vinhos brancos, sendo  exceções os brancos de alta qualidade, com grande estrutura e complexidade aromática que devem "respirar" algumas horas antes do serviço .
    Os vinhos que mais lucram com a aeração são os  tintos de qualidade, maduros (prontos para tomar), já suficientemente envelhecidos, que devem "respirar" por um  período mínimo de uma a três horas. Quanto melhor o vinho, maior será o tempo de aeração e para alguns o tempo de respiração preconizado vai de 6 a 24 horas.
    No entanto, é importante lembrar que a respiração pode ser trágica para vinhos muito velhos, com vinte, trinta anos de vida ou mais. Depois de um tempo de envelhecimento muito longo na garrafa, as substâncias complexas formadas tornam-se extremamente sensíveis ao   oxigênio e, quando em contato com o ar, elas sofrerão uma rápida oxidação, degradando-se rapidamente.  Por melhor que seja o vinho, ele não suportará o "choque respiratório" e, não é raro  ver-se  vinhos maravilhosos muito velhos, servidos logo após de abrir-se a garrafa, explodirem em  aromas, maravilhar-nos à boca e, passados poucos minutos,  extinguirem-se por completo, perdendo os aromas e tornando-se intragáveis.
 Portanto, cuidado, não areje vinhos muito velhos !



A DECANTAÇÃO DO VINHO
   decantação de um vinho consiste em uma operação simples, porém cuidadosa, para remover o sedimento ou borra ou depósito do fundo da garrafa, em geral existentes no vinhos muito envelhecidos. Esse sedimento é constituído por  várias substâncias que se formam durante o envelhecimento do vinho na garrafa e que vão se depositando no fundo da garrafa, como por exemplo os taninos que sofrem polimerização.
    Na realidade, não há nenhum problema médico em bebermos um vinho com sedimento, mas ao manusearmos a garrafa ele irá misturar-se no vinho, tornando-o turvo e provocando, quando bebido, a sensação desagradável de uma fina areia na boca. Portanto, a decantação é aconselhável por razões estéticas na sua degustação do vinho:  melhor visualização e melhor sensação gustativa.
    A decantação é realizada, após a abertura da garrafa, de três formas:

1 - Manual, na garrafa
Deita-se a garrafa com cuidado, para que o sedimento não se misture ao vinho e, com o auxílio de uma fonte de luz (vela ou lâmpada), com a mão firme e lentamente, vai-se tombando a garrafa e vertendo o vinho na taça, procurando-se manter o sedimento sempre abaixo do ressalto do "ombro" da garrafa. Quando se notar que ele começa a subir o ressalto, pára-se, espera-se ele escorrer de volta ao fundo e recomeça-se a operação. Desse modo ele não virá até o gargalo e, portanto, não se misturará ao vinho que está saindo.


    2 - Manual, no decantador
Tranfere-se o vinho lentamente da garrafa (como no método anterior)  para um decantador ou decanter(inglês) ou carafe (francês) que é um frasco, de vidro fino ou cristal, com a base bem larga, semelhante a uma licoreira. Deixa-se o decanter em repouso, até que o sedimento vá todo para o fundo e, em seguida, serve-se lentamente o vinho nas taças. Como a base é muito larga, a retenção do sedimento é bem fácil do que na garrafa, acelerando o processo. Outra vantagem do decanter é que ele também se presta muito bem para aerar o vinho, fazendo, simultâneamente, as funções de decantação e respiração do vinho.


3 - Com auxílio de aparelho especial
Existem aparelhos para fazer a inclinação lenta da garrafa mediante a ação de um sistema de engrenagens. Ao girar-se uma pequena manivela, aciona-se o sitema, que provocará a lenta inclinação da garrafa, de modo muito mais preciso do que o método manual. Apesar de charmosos, esses aparelhos são  difíceis de ser encontrados e muito caros.

Filtragem, uma alternativa à decantação

Em caso de inabilidade ou falta de paciência para realizar a decantação, bem como na ausência de um decantador ou do aparelho mencionado, a solução menos charmosa, porém mais prática e rápida, é passar o vinho por um filtro de papel (do tipo Melitta) ou por um  tecido fino adaptado em um funil. Na falta desses utensílios, a solução é "coar" o vinho, através de um pano limpo colocado na boca de uma jarra.



CONSERVANDO O VINHO JÁ ABERTO

    No caso de você abrir uma garrafa de vinho e não consumi-la toda, o que fazer para conservar o vinho?
    Uma vez aberta a garrafa o vinho estará em contato constante com o oxigênio e seguramente irá oxidar-se em pouco tempo. Para protelar um pouco  o problema, tampe a garrafa com a própria rolha, coloque-a na porta da geladeira e procure bebê-la em dois a três dias.
    Uma outra solução é utilizar a "bomba de vácuo" ou "vacu-vin", em francês, ou "wine-saver", em inglês.

A bomba de vácuo
Trata-se uma pequena bomba que possui um êmbolo (semelhante ao de uma seringa de injeção)  que se adapta à uma rolha especial de borracha, colocada na garrafa.  Com movimentos de vai e vem do êmbolo, vai-se retirando o ar da garrafa, pois o aparelho possui uma válvula que permite a saída do ar por sucção, mas impede a sua entrada. Assim, depois de várias bombeadas, o êmbolo passa a movimentar-se com dificuldade, indicando que o ar da garrafa está saindo e quando tornar-se impossível movê-lo, o vácuo estará efetuado na garrafa. Desse modo, o vinho poderá ser conservado na porta da geladeira ou em local bem fresco, por muito tempo. No entanto, por esse sistema não se consegue um vácuo absoluto, sendo mais conveniente consumir o vinho em torno de um mês.







Histórias de vinhos...





História na garrafa
Foi em uma tarde fria de dezembro de 1985, em Londres, que um dos maiores tesouros do mundo do vinho apareceu. Com todo o cuidado, o leiloeiro mostrou à plateia uma garrafa antiga, misteriosa, que prometia conter um líquido ainda vivo, cuja existência, até aquele dia, era somente uma lenda. Diante de um estupefato grupo de pessoas, reluziu a garrafa de Château Lafite 1787, em cujo rótulo se podia ler as iniciais Th.J. Isso comprovava que estava diante de todos um exemplar da adega do terceiro presidente americano, Thomas Jefferson. Por algum motivo, após a morte de Jefferson, ela foi parar nas mãos de um colecionador europeu, que a acondicionou em uma parede falsa de sua adega, temendo os saques e levantes ocorridos durante a Revolução Francesa.
Conservada por décadas em local escuro, hermeticamente fechado e a uma temperatura que ficava sempre entre os 10ºC e 14ºC, a garrafa estava intacta – e o líquido em seu interior também tinha muita probabilidade de estar. E, naquela tarde, o filho do editor americano Malcolm Forbes, Christofer, arrematou o vinho mais raro do mundo por US$ 156 mil. Conta uma lenda que, devido à exposição da garrafa à luz forte, a velha rolha se desintegrou, o que acelerou o processo de degradação do vinho. Depois de esperar por quase 200 anos, a bebida morreu sem ter sido degustada por ninguém.

TAMANHO É DOCUMENTO??
Aqui temos uma lista bem completa de nomes e volumes para garrafas de vinho. Os nomes são quase todos tirados de reis bíblicos, e variam conforme o formato da garrafa – Bordeaux, Borgonha ou Champagne – ou o país de origem. Muito interessante conhecer:
½ garrafa – 375mL
Tamanho padrão – 750mL
Magnum – 1,5L (equivalente a 2 garrafas padrão)
Double Magnum – 3L (equivalente a 4 garrafas, apenas Bordeaux)
Jeroboam – 3 a 4,5L (4 garrafas – Champagne e Borgonha, 6 garrafas – Bordeaux)
Rehoboam – 4,5L (6 garrafas – Champagne e Borgonha)
Imperial – 6L (8 garrafas, apenas Bordeaux)
Matusalém – 6L (8 garrafas, Champagne e Borgonha)
Salmanazar – 9L (12 garrafas, Champagne e Borgonha)
Balthazar – 120L (16 garrafas)
Nabucodonossor – 12,0 a 15,0L (16 a 20 garrafas, dependendo do país de origem)
Melchior – 18L (24 garrafas)
Salomão – 20L (28 garrafas, apenas Champagne)
Sovereign – 25L (33,3 garrafas, apenas Champagne)
Maximus – 130L (173,3 garrafas – no formato Bordeaux)
Sabemos que os bons vinhos, quando bem armazenados, podem evoluir na garrafa com o passar do tempo. Um dos fatores que influencia na evolução de um vinho é o tamanho da garrafa que o acondiciona. As reações entre o vinho e o pequeno volume de oxigênio que fica preso entre a rolha e o líquido são determinantes para sua evolução.
Quando o vinho é acondicionado em uma garrafa de pequeno volume, a proporção de oxigênio em relação à quantidade de líquido na garrafa é maior,e consequentemente mais rápida será sua evolução. Mas uma evolução rápida não significa necessariamente uma evolução melhor. Ao contrário, muitos defendem que em garrafas maiores o desenvolvimento do vinho ocorre de maneira mais apropriada, uma vez que nessas condições ele irá evoluir mais lentamente.
Portanto, se a questão aqui for desfrutar de um bom vinho em sua melhor expressão, tamanho pode ser sim documento.

Existem cinco tipos distintos de vinhos: os vinhos tintos, os brancos, os rosés, os espumantes, e os vinhos fortificados.


Os Vinhos podem ser classificados:
1. Quanto a Classe:
    1.1. De Mesa
    É o vinho com graduação alcoólica de 10° a 13° GL. E estes se classificam em:

• Vinhos Finos ou Nobres: Os vinhos produzidos somente de uvas viníferas.

• Vinhos Especiais: Os vinhos mistos produzidos de uvas viníferas e uvas híbridas ou americanas.

• Vinhos Comuns: São os vinhos com características predominantes de variedades híbridas ou americanas.

• Vinhos Frisantes ou Gaseificados: São os vinhos de mesa com gaseificação mínima de 0,5 atmosferas e máxima de 2 atmosferas.

    1.2. Leve - É o vinho com graduação alcoólica de 7° a 9,9° G.L. Elaborado de uvas viníferas.

    1.3. Champanha - É o vinho espumante, cujo Anidrido Carbônico seja resultante unicamente de uma segunda fermentação alcoólica de vinho com graduação alcoólica de 10° a 13° G.L.

    1.4. Licoroso - É o vinho doce ou seco, com graduação alcoólica de 14° a 18° G.L. Adicionado ou não de álcool potável, mosto concentrado, caramelo e sacarose.

    1.5. Composto - É bebida com graduação alcoólica de 15° a 18° G.L., obtida pela adição ao vinho de macerados e/ou concentrados de plantas amargas ou aromáticas, substâncias de origem animal ou mineral, álcool etílico potável e açúcares. São o vermute, o quinado, o gemado, a jurubeba, a ferroquina e outros.


2. Quanto a Cor
    2.1. Tinto - Elaborado a partir de variedades de uvas tintas. A diferença de tonalidade depende de tipo de fruto e maturidade.
    2.2. Rosado - Produzido de uvas tintas, porém após breve contato, as cascas que dão a pigmentação ao vinho são separadas. Obtém-se também um vinho rosado pelo corte, isto é, pela mistura, de um vinho branco com um vinho tinto.
    2.3. Branco - Produzido a partir de uvas brancas ou tintas, a fermentação é feita com a ausência das cascas.
3. Quanto ao Teor de Açúcar
    3.1. Seco - Possui até 5 gramas de açúcar por litro.
    3.2. Meio Doce - Possui de 5 gramas a 20 gramas de açúcar por litro.
    3.3. Suave - Possui mais de 20 gramas de açúcar por litro.

O artesão do vinho!

O Enólogo é um profissional formado em Agronomia, com especialização em Enologia, ou formado em uma faculdade de Enologia.


22 de outubro é o dia do enólogo.

No Brasil só existe uma Universidade que oferece este curso, está em Bento Gonçalves na Serra Gaúcha.
As profissões de enólogo e de técnico em enologia foram regulamentadas no Brasil em 2007, pela Lei nº 11.476, de 29 de maio.
O Enólogo trabalha na vinícola e é responsável por todas as decisões de produção do vinho: análise do solo, métodos de irrigação, escolha das mudas, da melhor técnica para plantar, para podar, para colher (nesta fase de cuidado com as plantas ele pode ter o auxílio de um agrônomo).
Após a colheita o enólogo define as técnicas de vinificação, os cortes (mistura de uvas), o tempo de amadurecimento e a hora de colocar o vinho no mercado.
O Enólogo precisa tomar decisões importantes durante todo o processo de produção e estas decisões são fundamentais para o resultado final, o vinho.



 Enófilos somos todos nós que gostamos de vinhos, que fazemos anotações sobre os vinhos que tomamos, que frequentamos confrarias ou encontros de vinhos, enófilos com diferentes níveis de conhecimento sobre vinhos.
Nós somos enófilos e você também é, embora nem soubesse disso.
Um comentário muito inteligente diz que "Enólogo é o cara que diante do vinho toma decisões, e Enófilo é aquele que, diante das decisões toma vinho" (de Luiz Groff).
O enófilo é um estudioso do vinho (ou amante). Aprecia e valoriza essa bebida, ou, ainda, se dedica profissionalmente ou por prazer a estudar o maravilhoso mundo dos vinhos. É o crítico da bebida. Degustador. Amante. Enófilo é diferente de enólogo, devido ao fato de que o enólogo é um graduado que cuida da produção de vinhos exclusivamente.




 O sommelier é um conhecedor do vinho. É ele que pode auxiliar, num restaurante, por exemplo, na escolha de um rótulo para acompanhar determinado prato.
O sommelier já aparecia operando entre os assírios e babilônios, e também na época das primeiras dinastias faraônicas. Na civilização grega, esse personagem era conhecido como "arconte" ou "simposiarca" - vamos encontrá-lo justamente nos "simpósios" , com a função específica de administrar o serviço e escolher os jarros e taças para o vinho.Seguem-se notícias e detalhes da atividade dessa personagem, em todos os banquetes nas cortes européias, até chegarmos à época da grande cozinha francesa, que impôs ao mundo toda uma terminologia própria - "maitre", "chef de cuisine" - sempre utilizada na língua original.. Assim também nasceu a expressão "Sommelier".

A palavra Sommelier vem do francês [bête de] somme = [besta de] carga + lier = amarrar, ligar, portanto o "amarrador (ou lidador) das cargas". Em resumo, o carroceiro dos castelos e palácios, que, por transportar as pipas de vinho, acabou sendo incumbido de provar seu conteúdo antes que fosse servido aos Reis e nobres, para evitar tentativas de envenenamentos durante o transporte.
Quando da popularização dos restaurantes em Paris, no final do séc. XVIII, convencionou-se que quem trazia ou transportava o vinho ficava com a obrigação de prová-lo, não só pelo motivo exposto acima, mas também para garantir se o produto era de boa qualidade.
Assim, paulatinamente, nasceu a profissão como é conhecida hoje; o Sommelier é responsável pela escolha, compra, recebimento, guarda e pela prova do vinho antes que seja servido ao cliente.
Recentemente a profissão foi regulamentada no Brasil, através da Lei 12.467, de 26 de agosto de 2011, reconhecendo a importância desse profissional no setor de alimentos e bebidas

 Enólogo na frente do vinho tem de tomar decisões, e os sommeliers, na frente de decisões, tomam vinho.






História do vinho

O vinho possui uma longa história que remonta pelo menos a aproximadamente 6000 a.C., pensando-se que tenha tido origem nos atuais territórios da Geórgia ou do Irã.
 Crê-se que o seu aparecimento na Europa ocorreu há aproximadamente 6500 anos, nas atuais
Bulgária ou Grécia e era muito comum na Grécia e Roma antigas.
O vinho tem desempenhado um papel importante em várias religiões desde tempos antigos. O deus grego Dioniso  e o deus romano  Baco representavam o vinho, e ainda hoje o vinho tem um papel central em cerimônias religiosas cristãs e judaicas como a Eucaristia e o Kidush.



Benefícios do vinho
Segundo pesquisas cientificamente comprovadas, se ingerido moderadamente, o álcool traz benefícios ao organismo humano, qualidade que cresce quando associado a uma fruta - no caso, a uva - que, além de efeito antioxidante, age beneficamente sobre as paredes das artérias.
Definido por mestre Aurélio Buarque de Holanda como "bebida alcoólica de amplo consumo, resultante da fermentação total ou parcial do mosto da uva", o vinho, produzido atualmente por meio de aperfeiçoados processos tecnológicos, tornou-se a bebida preferida dos que cultivam hábitos de prazer e elegância inevitavelmente associados à qualidade de vida.
Já não é mais novidade, mas o assunto deve ser novamente abordado por conter outras recentes evidências dos poderes terapêuticos do vinho.
Os médicos sempre estiveram cientes dos benefícios na moderação do consumo do vinho como fator preventivo de várias doenças, porém sempre foram relutantes em prescrevê-lo para pacientes não abstêmios a fim de não aumentar inadvertidamente o risco do abuso de álcool. Isso parece estar mudando.
Esse tema começou a agitar a classe médica com mais pesquisas após o programa "60 Minutes" do canal americano CBS em 1991, quando foi apresentado o chamado Paradoxo Francês: os franceses, à despeito da dieta rica em gorduras saturadas, fumo e sedentarismo, entre outros fatores de risco, possuíam taxas de doenças coronarianas de apenas 40% das americanas, justificadas pelo consumo regular de vinho tinto.
A partir daí, como era de se esperar, nas grandes universidades e respeitadas entidades científicas formaram-se grupos para conduzir estudos de longo prazo, com a finalidade de confirmar, e até ampliar, conhecimentos sobre os efeitos benéficos do vinho no organismo humano.
Bem antes disso, já se sabiam as seguintes verdades:
  • que o álcool fazia aumentar o HDL, o bom colesterol; 

  • que no caso de falta de apetite, uma taça de vinho era um aperitivo natural para aumentar a salivação e a atividade estomacal;
  • que uma taça de vinho na refeição dobrava a perda de peso nas pessoas obesas pelo efeito tranquilizante;
  • que o vinho era uma excelente adição na dieta de pessoas com pressão alta pelo alto conteúdo de potássio e baixo de sódio;
  • que diabéticos podiam aumentar o prazer das refeições com uma taça de vinho seco, pois o álcool não requer insulina para ser metabolizado;
  • que para os idosos, o vinho tomado ao deitar tornava o sono mais repousante e reduzia a quantidade de tranquilizantes e pílulas para dormir.
Finalmente, sempre se soube que o metabolismo e a absorção do álcool pelo fígado, 30g por hora, é muito mais lenta com fermentados do que com destilados.
Como o vinho é sempre tomado lentamente e às refeições - com o estômago cheio a absorção é ainda mais lenta - os níveis de álcool no sangue não atingem proporções intoxicantes, como acontece com os destilados e que podem levar a lesões no órgão.
Como todas estas substâncias permanecem na corrente sangüínea apenas por 24 horas, para que elas possam ter efeito protetor é necessário consumir vinho diariamente.
Já mais recentemente, no livro The French Paradox and Beyond, o autor Lewis Purdue diz: "Nós agora sabemos tanto ou mais a respeito dos efeitos cardio-protetores do consumo moderado de álcool, do que sobre o papel da aspirina em reduzir ataques do coração, ou do papel das fibras no câncer do cólon."
Ele também menciona o Copenhagen Heart Study, uma pesquisa que envolveu 13.000 pessoas durante dez anos. O estudo concluiu que aqueles que consumiram até seis cálices de vinho por semana durante o período de avaliação, tiveram somente 40 por cento da taxa de mortalidade daqueles que não beberam.
Ficou também demonstrado que cerveja e destilados não forneceram tal proteção e que a maior taxa de mortalidade ocorreu entre os "heavy drinkers".
O Dr. R. Curtis Ellison, Chefe de Medicina Preventiva e Epidemiológica da Escola de Medicina da Universidade de Boston, diz que os dados científicos são claros: "O consumo moderado de vinho tinto está associado a um risco bem menor de doenças do coração e derrame, as principais causas de morte nos EUA."

VANTAGENS
Pode-se portanto concluir que não beber vinho é um dos fatores de risco para doenças coronarianas.
Além de todas essas vantagens, o vinho ainda é creditado com mais outras, não menos importantes:
  • Tem poder antioxidante - ele é benéfico para a saúde devido à presença de polifenóis nas uvas, agindo como antioxidantes. São nutrientes naturais que protegem contra reações químicas indesejáveis no interior do corpo, especialmente a oxidação das células, causadora do envelhecimento e doenças. Essas substâncias são encontradas nas cascas e sementes de uvas tintas. 
  • Diminui chances de pedras nos rins - estudos feitos na Inglaterra e Estados Unidos em 1998, mostram que pessoas que bebem uma taça de vinho por dia têm uma redução de 59 por cento no risco de formação da primeira pedra. O Dr. Gary Curham, autor do estudo, diz: "A urina fica mais diluída, significando um maior fluxo com aumento da secreção de hormônios antidiuréticos."
  • Melhora a atitude psicológica - qualquer enófilo pode atestar o poder relaxante de uma taça de um bom vinho. Pessoas que bebem uma ou duas taças por dia tendem a um estilo de vida mais moderado e equilibrado e parecem ser mais capazes de administrar o stress.
  • Protege contra o mal de Alzheimer - pesquisas na França sugerem que o consumo moderado de vinho pode proteger contra o Alzheimer e a demência. Foi verificado que bebedores moderados tiveram uma redução de 75 por cento na taxa de mal de Alzheimer e 80 por cento na taxa de demência quando comparadas, nos dois casos, com não bebedores.
  • Não engorda - contra todas as teorias, pesquisas recentes mostram que quantidades moderadas de vinho não têm esse efeito. Um estudo da Universidade do Colorado em 1997 descobriu que homens saudáveis, bebendo dois cálices de vinho tinto nas refeições, não tiveram ganho de peso.
PRECAUÇÕES
É evidente que nem todos podem se beneficiar dessas vantagens, como mulheres grávidas e pessoas com certas doenças ou sob proibições éticas ou religiosas contra bebidas. Para as demais, que ainda não adotaram o vinho como "remédio", convém consultar um médico.
Com certeza eles estarão mais condescendentes do que no passado para dizer "sim." Com tudo isso, existe também um outro paradoxo: além de todas as vantagens para a saúde, o vinho não tem contra indicações, é a melhor bebida que existe para acompanhar refeições e, como efeito colateral, promove o convívio social e faz amigos. 


------------------>LINK PARA COMPRAR VINHOS: Vinhos

 A história do vinho
  Leia aqui...http://www.academiadovinho.com.br/_bib_historia.php



O vinho é saboroso.
O vinho é sempre bem vindo, em qualquer lugar,em qualquer ocasião.
O vinho, inspira poetas...


"SONETO DEL VINO"Jorge Luis Borges
¿En qué reino, en qué siglo, bajo qué silenciosa
Conjunción de los astros, en qué secreto día
Que el mármol no há salvado, surgió la valerosa
Y singular ideia de inventar la alegria?
Com otoños de oro la inventaron.
El vino fluye rojo a lo largo de las generaciones
Como el río del tiempo y en el arduo camino
Nos prodiga su música, su fuego y sus leones.
En la noche del júbilo o en la jornada adversa
Exalta la alegria o mitiga el espanto
Y el ditirambo nuevo que este día le canto
Otrora lo cantaron el árabe y el persa.
Vino, enseñame el arte de ver mi propia historia
Como si ésta ya fuera ceniza en la memória.
TRADUÇÃO
"SONETO DO VINHO"Jorge Luis Borges
Em que reino, em que século, sob que silenciosa
Conjunção dos astros, em que dia secreto
Que o mármore não salvou, surgiu a valorosa
E singular idéia de inventar a alegria?
Com outonos de ouro a inventaram.
O vinho flui rubro ao longo das gerações
Como o rio do tempo e no árduo caminho
Nos invada sua música, seu fogo e seus leões.
Na noite do júbilo ou na jornada adversa
Exalta a alegria ou mitiga o espanto
E a exaltação nova que este dia lhe canto
Outrora a cantaram o árabe e o persa.
Vinho, ensina-me a arte de ver minha própria história
Como se esta já fora cinza na memória.



A vida é como o vinho: deve ser saboreada pouco a pouco, gole a gole. Os melhores vinhos perdem o seu encanto quando são tragados como se fossem água", dizia Benjamin Franklin.




 Alguém sabe o que é um vinho de sabor acídulo?
É um vinho  com acidez excessiva. 



Glossário de vinhos.Saiba aqui, todos os termos usados, relacionados a vinhos:
 http://www.academiadovinho.com.br/_bib_glossario.php





Porque devemos guardar o vinho na posição horizontal?

Que o vinho deve ser armazenado na posição horizontal muita gente já sabe.
O que muitos desconhecem é o porquê dessa orientação.



A explicação está na necessidade de se preservar a rolha, pois a cortiça depende da umidade proveniente do contato com a bebida para se manter elástica. Com a elasticidade forte, a rolha não deixa o ar entrar. Do contrário, o ar penetra no interior da garrafa, o que acaba azedando o vinho com o tempo.





Como ler um rótulo de vinho









Uma torneira de vinho
O Caminho de Santiago de Copostela é muito famoso na Espanha. Desde o século XI, milhares de peregrinos fazem a histórica caminhada atravessando a Espanha até a cidade de Santiago. O caminho é todo marcado por placas e muros para os viajantes não se perderem, e o mais legal, instalaram uma "fonte" para dar força à eles.



Esta fonte foi construida em 1991, pela vinícola Bodegas Irache, e ela tem uma torneira de vinhos gratuíta! Sim, se você estiver passando por lá, pode se servir a vontade de vinho.

Claro que eles pedem para usar com moderação, mas vai dizer que a idéia não é muito legal?


5 CUIDADOS A SEREM TOMADOS NA HORA DE COMPRAR O VINHO


1. Observe se a garrafa está bem cheia. Um espaço livre muito grande entre a rolha e o líquido é sinal de vazamento.
2. Se puder, escolha as garrafas que estejam deitadas, nelas o líquido está em contato com a rolha.
3. Verifique o estado de conservação da cápsula e da rolha. A cortiça não pode estar saltada.
4. Cheque a cor do vinho, principalmente os brancos – uma cor amarelo-escura pode indicar oxidação; se estiver na cor âmbar, evite. Um tinto de safra recente de cor alaranjada – uma característica dos tintos mais evoluídos – também é sinal de problema.
5. Fique atento às safras. Tintos mais básicos, assim como os rosés e grande parte dos brancos devem ser servidos jovens, em no máximo três a quatro anos.


Como escolher e onde comprar?
1– EVITE comprar vinhos em supermercados. Geralmente nesses lugares não existe uma rotatividade nas garrafas, sem falar que nesses locais existe uma luz direta sobre os vinhos mais renomados e eles sempre estão em pé. O armazenamento de uma garrafa de vinho em pé é algo quase sempre inaceitável.

2 – Olhe bem o rótulo. Se estiver amarelado ou com um tom velho, evite. Prefira cortes (vinhos feitos de mais de uma casta/uva) ou varietais (onde uma uva determinada se destaca). Se você está começando evite vinhos Reservados/reservas e aqueles envelhecidos no Carvalho.

3 – Evite vinhos Tintos com uma cor amendoada. No caso dos Branco evite aqueles que estiverem dourados pendendo para marrom. Estão certamente oxidados (com gosto de vinagre).

4 – Você sabe porque se guarda o vinho deitado? Se guarda uma garrafa deitada, para que assim o liquido esteja sempre em contato com a rolha, deixando ela sempre úmida. Isso evita que ela se resseque e se parta, criando “veios” (pois a rolha é porosa) e permita a entrada de ar. Ar no vinho o faz oxidar, deixando aquele gosto de “ferrugem” ou “vinagre”. Lembre-se que o vinho é uma bebida viva

5 – Vinhos como o Rosé são vinhos bem fáceis de se degustar e devem consumidos bem jovens. O Rosé tende com o tempo a criar uma “borra” de C2O (enxofre) no fundo, fazendo com que pessoas mais sensíveis sintam dores de cabeça. Atente para as safras do mesmo.

6 – Vinhos caros não são sempre sinônimos de vinhos bons. Eu mesmo já provei vinhos de cinco mil reais que tinham gosto de esmalte de unha.

7 – Vinhos nacionais nem sempre são bem vistos, mas eu garanto que existam marcas que são excelentes! Sem falar no preço. Você pode muito bem encontrar um Malbec produzido no Sul do país com o preço bem abaixo de um argentino, e claro, com um sabor mil vezes melhor.

8 – O vinho deve ser degustado a temperatura ambiente? SIM! Mas o que nem sempre falam é que a base de temperatura são as da EUROPA, onde a temperatura ambiente é de geralmente 15Cº. Deguste por volta de 15 graus os vinhos tintos leves, 18 graus para tintos encorpados. Os vinhos brancos leves , serve-se na temperatura de 7 graus e os encorpados em 11 graus, assim não se perdem os aromas e principalmente o sabor.

9 – Uma coisa muito importante: Se o vinho apresentar cristais sólidos (lembrando de longe Mel) e borras no fundo (uma “massa” mais escura que o liquido), não quer dizer que está oxidado, mas sim que precisa ser decantado.

10 – Vinho e fumos combinam? Isso vai de cada um. Geralmente existem apreciadores que abominam a desgutação de fumo (charuto, cachimbo, cigarrilhas) durante uma bela taça de vinho. Mas isso não quer dizer que você precisa seguir isso a risca. 



Maneira correta de segurar um copo de vinho 

Existem formas corretas sim, de segurar um copo de vinho.
Se segurarmos errado o copo,com certeza podemos influenciar a temperatura do vinho, assim como também o seu aroma e sua textura.
Normalmente servimos um vinho em um copo alto com pé.
Devemos segurar o copo da seguinte forma: pela haste ou pela base do mesmo.
A forma mais correta de segurar num copo de vinho é através da colocação do dedo indicador e do polegar no fundo do pé.
Jamais devemos segurar um copo de vinho  pelo copo em si, ou seja, pela parte superior.
Porque? 
O vinho é extremamente delicado e, quando servido à temperatura certa, é importante mantê-la assim de forma a prolongar o momento de prova e degustação.
Por isso mesmo, recomenda-se que um copo de vinho nunca seja segurado pela sua parte superior, ou seja, de forma que as mãos estejam fechadas precisamente em torno do vinho. O calor que é transmitido das mãos através do vidro vai naturalmente aquecer o vinho – para além de este não ser o objetivo (o vinho deve ser sempre servido à sua temperatura ideal), o aquecimento pode ainda adulterar o aroma e a textura do próprio vinho.  

A forma correta de pegar e segurar num copo de vinho também está relacionada com as regras de etiqueta, nomeadamente no que toca à degustação do vinho, especialmente quando estas decorrem numa prova de vinhos. 
Tal como manda a etiqueta, segurar num copo de vinho pelo fundo do seu pé permite a observação do próprio vinho, nomeadamente as suas características em termos de cor, espessura e limpidez; para além de permitir uma suave agitação do líquido, que é normalmente feito com gestos circulares. A apreciação visual do vinho é apenas uma das fases da degustação do vinho e se não segurar no copo pelo seu pé, o mais certo é encher o copo com dedadas que, para além de ser inestético, dificulta a própria apreciação visual. Ainda em termos de etiqueta, pegar num copo de vinho pelo pé é ainda recomendado por outro motivo: na hora do brinde, o som emitido por um copo que é segurado pelo pé é muito mais agradável.


Copos com pé, copos sem pé

Atualmente, existem muitos modelos de copos de vinho modernos, que deixaram de ter a tradicional haste, ou seja, como segurar corretamente num copo de vinho sem pé? Neste caso, e pelas mesmas razões acima referidas, é desaconselhado pegar no copo de vinho pela sua base, correndo-se o risco de sobreaquecer e alterar o vinho. Se for servido vinho num copo sem pé, deve segurá-lo diretamente acima de onde estiver o vinho, evitando assim o contacto das mãos com o próprio vinho.







Descrição de aromas e sabores do vinho

Frutado:aroma e sabor a frutos frescos
Envelhecido:originado pela evolução e estágio
Estagiado:energia do vinho,perceptível quando o vinho desce a faringe.
Bouquet: misto de aroma e perfume originado pelo envelhecimento.
Neutro: sem aroma ou sabor particular
Equilibrado: rico em álcool,acidez e corpo.
Vinoso: é o aroma e sabor a vinho.
Leve: pouca cor e de preferência seco.
Alcoólico: a principal característica é o seu elevado grau alcoólico com sensação a calor e frescura.
Possante: alcoólico e denso.
Altivo ou cheio:vinho com uma constituição homogenea.
Encorpado: com corpo,substâncias extrativas e vinosidade.
Nervoso: rico em acidez fixa,acídulo e encontrado em frutos verdes.
Adstringente:Sensação taninosa,geralmente encontrado em vinhos tintos jovens.
Áspero:Ligeiro sabor amargo no final.
Amadurecido:Desenvolve bem as características do estágio.
Seco:Não apresenta doçura.
Doce:Apresents doçura.
Macio:Dá uma sensação boa e encontra-se em vinhos produzidos em zonas quentes.
Fino:delicado, com qualidade e que foi objeto de estágio.
Franco:Não apresenta defeitos.
Robusto:Com todos os elementos bem ligado entre si.
Prolongado:Deixa durante bastante tempo uma excelente impressão na boca, acaba bem.